Objetivos
- Compreender empiricamente o processo da insolvência.
- Auxiliar na formulação de políticas públicas, como a elaboração da nova lei de falências e recuperações.
Metodologia
Na 2ª fase do Observatório da Insolvência, estudamos empiricamente o comportamento das recuperações judiciais no estado de São Paulo.
Analisamos informações referentes a 1194 processos de recuperação, distribuídas entre janeiro de 2010 e julho de 2017. As informações foram coletadas através do preenchimento de questionários por pesquisadores.
Algumas perguntas que nos nortearam na execução deste projeto, foram:
- Existem diferenças na tramitação em varas especializadas?
- É possível identificar a causa de eventuais diferenças?
- O que influencia as características dos planos?
- Qual é o impacto do tamanho das requerentes em recuperação na tramitação do processo de RJ?
Resultados
O estudo nos permitiu chegar a diversas conclusões. Os principais pontos são:
- Empresas com maior número de pedidos de recuperação judicial tem capital de 10 a 50 milhões.
- Insignificância na diferença entre o processamento em varas especializadas e varas comuns (diferença de apenas 0,3%).
- Litisconsortes costumam ter maior porcentagem de deferimento.
- Perícia aumenta em média 21% da taxa de deferimento da recuperação.
- Litisconsórcio varia apenas 2% entre as varas tratando de consolidação processual.
- O tempo mediano até a aprovação do plano é de 407 dias nas varas especializadas e 567 nas varas comuns.
- Altas taxas de aprovação do plano: 81% nas varas especializadas e 71,3% nas varas comuns.